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Vida e morte… na direção da plenitude!

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A iconografia oriental escreve o nascimento de Jesus sempre com referência a sua crucificação. O ícone abaixo – da tradição russa de Rublev – é um exemplo. A manjedoura do Menino Jesus ganha a forma do calvário, onde o corpo será sepultado. A vida e a morte compõem um único e grande mistério. Pela fé, aprendemos que o nascimento e a morte não são eventos lineares, mas como que eventos para «vir à luz», participando, como fragmento, de uma luz imensurável, a vida divina.

O testemunho que chega até nós, hoje, é o de Santo Estêvão, primeiro mártir cristão. Vida que nasce do Natal e vida que chega à plenitude no martírio. Estêvão doou a sua vida por amor! Os perseguidores, não entendendo e suportando a sua fidelidade a Jesus, o apedrejaram até a morte (At 6,8-10.7,54-59). A morte de Estêvão tornou-se semente. O amor de Estêvão venceu a morte! Vida e morte se configuram por dentro do amor!

A ressurreição, de fato, começa com o início da vida! A ressurreição é um mistério para mergulhar a cada dia, a cada instante! O Evangelho é a tradução e o convite a uma vida ressuscitada, erguida, elevada, para um dia chegar à ressurreição plena! É por dentro da ressurreição que se compreende a vida e a morte! No fundo, a ressurreição é o outro nome do amor, do amor-dom-total!

Quanto mais aprendemos a amar, mais ressuscitados vivemos! É o amor de cada dia, difícil, exigente, desenhado de pequenos e grandes gestos, que precisa tornar-se o alfabeto da nossa existência. Vida e morte, um grande mistério para ser celebrado, como Estêvão, no compromisso da fidelidade!

Pe. Maicon A. Malacarne

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