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Regressar a Jesus!

O segundo domingo do Advento coloca no centro da vida de Jesus o seu precursor, João Batista! No texto do evangelho (Mt 3,1-12), João estava no deserto, na sua atividade de batizar. De fato, no centro da ação de João Batista estava o convite a conversão, cujo sinal inicial era o batismo no rio Jordão: «os moradores de Jerusalém, de toda a Judéia e de todos os lugares em volta do rio vinham ao encontro de João. Confessavam os seus pecados e João os batizava no rio Jordão».

Além de batizar, João também exercia a atividade profética de denunciar as injustiças do seu tempo: «raça de cobras venenosas» dizia aos fariseus e saduceus que tinham discursos bonitos, mas uma prática corrupta. «Produzi frutos que provem a vossa conversão» porque palavras não bastam! Ao batizar e ao convidar a uma vida nova, João Batista preparava a estrada para «aquele que virá depois de mim».

No coração desse domingo está o convite a conversão dos nossos comportamentos! O que devemos mudar? Quais atitudes não condizem com o evangelho e com a vida? Que fechamentos são necessários serem transformados em acolhida? O profeta Isaías, na Primeira Leitura (11,1-10) compara a vida nova, fruto da mudança, como «o lobo e o cordeiro viverão juntos». Onde parece que não existe possibilidade de conciliação, em Deus, tudo se torna novidade!

O segredo, como aprendemos do Batista, está em Jesus Cristo! O Papa Francisco recorda insistentemente: «uma Igreja que não leva a Jesus é uma Igreja morta» e isso exige mais fé e esperança na vida do que «nas nossas regras, nos nossos comportamentos eclesiásticos, nos nossos clericalismos». Concluímos, rezando juntos com o poeta Benjamin González Buelta:

Em ti tudo está dito,
ainda que somente sorvo a sorvo
vamos libando teu mistério.
Em ti estamos todos,
ainda que somente nome a nome
vamos sendo corpo teu.
Em ti tudo ressuscitou
ainda que somente morte a morte
vamos acolhendo teu futuro
e em cada um de nós
continuas hoje crescendo
até que todo nome,
raça, argila, credo,
culmine tua estatura.

Pe. Maicon A. Malacarne

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