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Precisamos tanto uns dos outros!

A imagem da primeira leitura (Ex 17,8-13) é tremenda: durante um combate, Moisés subiu no alto da colina e enquanto tinha os braços erguidos, seus companheiros venciam a batalha, mas quando cansava e abaixava, eles perdiam. Então alguns amigos de Moisés foram até ele e ajudaram a manter as mãos levantadas. Assim Israel venceu o combate até o fim!

Na contramão desse tempo impetuoso no egoísmo e no individualismo, essa imagem é fundamental: há momentos da vida que só sobrevivemos porque temos pessoas que estão conosco! Eu posso querer me virar sozinho, viver minha vida dentro de uma redoma, mas hora ou outra, mais cedo ou mais tarde, a diferença será de quem ajudar a «manter os braços erguidos».

Essa também é uma imagem da fé! Se a fé é um dom que Deus dá para cada pessoa que é chamada a comunicar esse dom ao mundo, de outra maneira a fé só ganha integralidade quando vivida em abertura, no dinamismo do outro, no encontro com outras pessoas. Também a fé, hora ou outra, vai precisar de ajudar para «manter os braços erguidos». A comunidade é o melhor lugar para maturar a graça da fé!

Tudo é relação! A vida e a fé, entrelaçadas, são um mapa de relação! A relação também é um aprendizado, porque exigente, conflitiva, combativa, mas é ali que a chave vira, que descobrimos quem somos, que nossa identidade é desvelada no rosto do outro e essa talvez seja uma das formas mais bonitas de «manter os braços erguidos».

É sempre provocadora a letra de «A lista» do Oswaldo Montenegro: «Faça uma lista de grandes amigos, quem você mais via há dez anos atrás, quantos você ainda vê todo dia, quantos você já não encontra mais…» Faz lembrar de que na lista de uma história de vida não pode faltar a relação! O fechamento é uma ferida difícil de parar de doer, por mais que seja pintada com um verniz de felicidade! Hora ou outra o que vai nos salvar mesmo são os que ajudam segurar os braços!

Pe. Maicon A. Malacarne

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2 comentários em “Precisamos tanto uns dos outros!”

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