A memória de Santo Ambrósio, doutor da Igreja, ajuda iluminar a nossa meditação e caminhar na direção de Jesus. Aqui na Itália, Ambrósio exerce uma influência importante, especialmente na Arquidiocese de Milão que conserva um rito litúrgico próprio e oficial – ambrosiano – que difere em alguns elementos do rito romano. Ambrósio, de fato, foi bispo de Milão, nos anos 374-397. Além dos escritos, orações e poemas, o fato que mais costuma fazer parte da lembrança de Ambrósio foi ter contribuído decisivamente na conversão de Santo Agostinho.
Em uma das suas Cartas, Ambrósio escreveu: «Quando leio a Sagrada Escritura, Deus volta a passear no paraíso terrestre». Trata-se de uma relação afetiva com a Palavra de Deus. Todos os dias, a meditação procura abrir essa porta, do encontro com o Senhor na Palavra que é sempre «viva e eficaz». A Palavra transforma de dentro para fora, desinstala a fé e cimenta a estrutura da vida espiritual.
O evangelho de hoje recorda: «quem ouve essas minhas palavras e as põe em prática» – dois movimentos: ouvir/ler e praticar. Um não vive sem o outro. A base que sustenta a casa é o exemplo usado por Jesus – ouvir e praticar é semelhante a uma casa construída sobre a rocha; ouvir e não praticar é como a casa construída sobre a areia (Mt 7,21.24-27).
Fazer, fazer… fazer mesmo sem ter absoluta certeza, fazer arriscando, essa é a estrada de Maria, de José, do Batista, de Ambrósio… essa é a estrada que ajuda preparar a vinda de Jesus! Este é o tempo para meditar o «ouvir e ler» e, sobretudo, o «fazer»… o que faço é suficiente para ser chamado seguidor de Jesus? Nunca foi questão de quantidade…
Pe. Maicon A. Malacarne
Grazie!