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O mesmo amor!

Jesus continua sua grande oração ao Pai (Jo 17,20-26) e, hoje, ele pede: «O mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste, como me amaste a mim». Depois de tantos séculos, condicionados pelas realidades mais complicadas, penso que ainda temos dificuldade de experimentar o que diz essa expressão de Jesus: «os amaste, como me amaste a mim».

Quando lemos a Sagrada Escritura com a chave do amor, de fato, tudo muda. Por exemplo: no livro do Gênesis, depois de comerem do fruto proibido, Adão e Eva sentiram medo de Deus e se esconderam. Deus, então, «passeava no jardim à brisa do dia» (Gn 3,8) e, não encontrando Adão, o chamou: «onde estás?» (Gn 3,9). Qual a atitude de Deus diante do pecado? Condenar? Ameaçar? Insultar? Não… Deus procura o pecador! A nossa tentação humana é projetar a falta de capacidade de amar através do tribunal da nossa mesquinhez, da régua da nossa dissimulação. Quem ama pouco prefere o julgamento!

Deus procura, procura porque ama. Como Adão e Eva, o medo, a vergonha, a «nudez», nos trancafiam nos esconderijos de nós mesmos. Descobrir que somos amados, não obstante os nossos erros, é uma revolução copernicana da fé: «quero que estejam comigo onde eu estiver», ou seja, é a nossa salvação, é a nossa eternidade, é a nossa liberdade total de ser eternamente em Deus.

Deus quer nos encontrar, Deus quer nos encontrar com o mesmo amor que amou o seu Filho Jesus. É menos o nosso esforço e mais a confiança total!

Pe. Maicon A. Malacarne

1 comentário em “O mesmo amor!”

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