Na recente Carta Apostólica – Patris Corde – por ocasião do 150º aniversário de declaração de São José como padroeiro universal da Igreja, o Papa Francisco escreveu: «as nossas vidas são tecidas e sustentadas por pessoas comuns (habitualmente esquecidas), que não aparecem nas manchetes dos jornais e revistas, nem nas grandes passarelas do último espetáculo, mas que hoje estão, sem dúvida, a escrever os acontecimentos decisivos da nossa história».
Dentre essas pessoas simples estão Maria e José. De fato, a grandeza de ambos não é só fruto das suas forças pessoais, mas no reconhecimento da pequenez, da humanidade, conseguem abraçar a nossa humanidade inteira. O evangelho desse 4º domingo do Advento (Mt 1,18-24) destaca José e Maria que, embora por caminhos diferentes, respondem a graça de Deus por uma vida de amor e testemunham a esperança do mundo! José é chamado de «justo»! Uma pessoa justa é uma pessoa que sabe ler os sinais de Deus e os sinais da história. Maria e José são modelos de fé, de confiança e de seguimento de Jesus, por uma vida simples!
A primeira leitura (Is 7,10-14) situa-se no reinado de Acaz, rei de Judá, pelo ano 734 a.C. O povo passava por muito sofrimento. A guerra ameaçava derrubar Acaz e, assim, toda promessa de Deus da dinastia de Davi. Por meio do profeta Isaías, Deus diz de sua fidelidade para sempre: «a jovem conceberá e dará à luz a um filho e lhe dará o nome de Emanuel». A criança é a esperança do futuro! Os primeiros cristãos leram essa passagem a luz de Jesus Cristo!
O início da carta aos Romanos (1,1-7), da segunda leitura, registra o amor de Deus aos judeus e aos pagãos indistintamente que são convidados a adesão na fé a partir da pessoa de Jesus Cristo. O nascimento de Jesus está bem colado a vida, paixão, morte e ressurreição que é a fonte de salvação!
Durante a história da Salvação, Deus nunca abandonou seu povo! A chegada do Natal é também a experiência da proximidade, da relação, do amor que Deus continua confiando a toda humanidade! Com José e Maria, por uma vida generosa e amorosa, o convite de comunicar Jesus Cristo ao mundo!
Pe. Maicon A. Malacarne