O evangelho de João dá destaque para os jardins. No momento que Jesus foi entregue por Judas, estava rezando no jardim. No evangelho de hoje (Jo 20,11-18) a cena acontece em um jardim e Maria Madalena, que não tinha percebido que era Jesus o confunde com um jardineiro. É só depois de ouvir a voz que chamava «Maria» que explode em alegria: «Mestre!»
O texto faz questão de sublinhar: «Maria enxergou Jesus que estava de pé!» É bonito perceber como esse estado de «estar de pé» é pascal! É igualmente bonito mergulhar na intimidade de voz e de vida entre Jesus e Maria Madalena. Há nessa relação um primado de toda fé: fora da aproximação, fora do encontro e da comunhão não é possível reconhecer Jesus! A fé é buscar e deixar-se buscar dentro de uma intimidade!
A relação de Madalena e de Jesus nasceu de um encontro e de um pedido de ajuda. O evangelho de Lucas diz que Madalena era possuída por sete demônios, ou seja, era alguém que não tinha domínio sobre a vida, alienada por outras forças. Foi Jesus que devolveu a sua autonomia, a sua humanidade, a liberdade de ser quem ela era!
O fundamento da harmonia está no jardim da criação! O evangelho de hoje retoma o projeto criador de Deus, onde «tudo era bom», que foi reinaugurado na ressurreição de Jesus, o novo jardineiro, em um segundo jardim! O primeiro jardim foi plantado por Deus e era o lar de Adão e Eva que escolheram desarmonizar escolhendo as suas vontades, as suas liberdades acima da responsabilidade e da comunhão! É Jesus, Jardineiro-Ressuscitado, quem resgata o plano do Pai!
A palavra de Deus está presente a muitos anos na minha vida.
Tenho lido algumas publicações enviado por amigos,estou gostando muito.