Nikos Kazantzákis na biografia de São Francisco de Assis escreveu que «em tempos em que o mal impera com muita força, o compromisso é fazer o bem aparecer. Quando o mal é muito pronunciado, temos de pronunciar o bem com mais força».
Ao ser questionado pelos discípulos de João Batista, ouvimos no evangelho de hoje (Lc 7,19-23), sobre os sinais que Jesus estava realizando: «Ele curou muitos de suas doenças, enfermidades e espíritos maus e fez muitos cegos recuperarem a vista». De fato, uma grande síntese do estilo de vida de Jesus foi registrada no livro dos Atos dos Apóstolos (10,38): «passou pelo mundo fazendo o bem». Nele, tudo se radica no primado de fazer o bem!
Seguir Jesus é deixar-se habitar pelo bem! Não se trata de disfarçar o mal ou de assumir um comportamento de anestesia da realidade! O bem precisa ser revelado, resgatado também de dentro das contradições do mal. Jesus denunciou o pecado e a corrupção sistêmica da sua época, mas, ao mesmo tempo, resgatou os sinais de vida, de esperança, fez o bem aparecer e assumir um lugar fundamental! De onde a maioria só encontrava escuridão, Jesus deixou aparecer a luz, a voz, o desejo, o riso que havia se perdido.
Mesmo que não apareça, há muito bem sendo feito, há muito bem perto de nós e há muita maldade que precisa ser denunciada para que o que está escondido possa ser revelado! Jesus é o Messias que abre esse mapa para nós! Jesus é o maior bem que podemos comunicar, partilhar, acolher, servir e amar!
Pe. Maicon A. Malacarne