O evangelho (Lc 2,41-51) desse dia do Imaculado Coração de Maria, descreve um elemento interior de Nossa Senhora: «guardava todas essas coisas em seu coração». Jesus havia se perdido da caravana que voltava de Jerusalém e quando sua família regressou para procurá-lo, afinal, tinha apenas doze anos, o encontraram «sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas».
Guardar é um verbo importante para rezar! Se formos acompanhando o perfil de Maria, seu «guardar» não era um movimento de fechamento, de exclusividade, mas de descoberta, de discernimento, de contemplar aquele mistério que ela não entendia e fazer desse mistério uma luz, um farol que acende um caminho!
O coração de Maria guardava luz, uma luz que não podia ser presa, engaiolada, uma luz que irradiava para fora, que iluminava toda sua existência. Hoje é dia de contemplar esse coração e aprender sobre o que devemos guardar e sobre o que devemos desapegar, deixar para trás, porque a vida pode ficar pesada demais quando se guarda o desnecessário, o excesso do que não faz bem, dos traumas e dos medos.
O Coração de Maria é uma escola para guardar e para largar! A pequena Jacinta Marto, uma das videntes de Nossa Senhora de Fátima, que faleceu aos 10 anos, dizia com a inocência de uma criança: «Gosto tanto do Coração Imaculado de Maria! É o Coração da nossa Mãezinha do Céu! Eu gosto tanto, tanto…»
Pe. Maicon A. Malacarne