Pular para o conteúdo

Das cinzas, ampliar a vida!

O italiano Claudio Parmiggiani é um dos artistas mais reconhecidos do nosso tempo. A forma como cria sua arte é muito original: vidros quebrados, madeiras abandonadas, panos, vasos, pedras. As «deslocações», por exemplo, são pinturas em que Claudio imposta objetos variados (pratos, colheres, canos, livros…) e aplicando fogo, possibilita que as cinzas «criem» a arte. Depois de retirados os objetos, o jogo de luz e de sombra fica evidente e fascinante. Trata-se do «novo» gerado pelas cinzas, da vida que renasce da morte.

Parmiggiani evoca uma espiritualidade que está muito conectada com Jesus Cristo: construir arte a partir das cinzas! De onde parece não haver mais possibilidade, da condição de morte abre um salto para a vida! É isso que encontramos no evangelho de hoje (Mc 5,1-20), um homem que vivia vagando entre os túmulos de um cemitério, metáfora da morte e do sofrimento, é libertado por Jesus. Uma libertação integral, ou seja, é mais do que um gesto isolado: trata-se de devolver a liberdade pessoal, de voltar para casa, e a liberdade coletiva, porque denuncia e «coloca no seu lugar» a «legião», imagem que evoca o contexto de morte imposto pelo Império Romano.

Nossa sombra, nossas cinzas, podem ser o momento do renascimento, o tempo oportuno do maior salto que a vida pode dar!

1 comentário em “Das cinzas, ampliar a vida!”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *