Pular para o conteúdo

A verdade e a autoridade!

Ana testemunha toda sua verdade diante de Deus: «sou apenas uma mulher muito infeliz; não bebi vinho, nem outra coisa que possa embebedar, mas desafoguei a minha alma na presença do Senhor» (1Sm 1,15). A autoridade da sua oração está em assumir toda a sua vida, sem máscaras, sem esconderijos, e depositar no coração de Deus.

Jesus, na sinagoga de Cafarnaum, impressionava todas as pessoas porque «ensinava como quem tem autoridade» (Mc 1,21b-28). A autoridade de Jesus não é autorreferencialidade, carreirismo, mas a capacidade de congregar, de acrescer a vida de todos que o rodeavam. A autoridade não significa mandar e desmandar, senão a tarefa de ajudar a acender coletivamente e ampliar o bem no espaço e no tempo.

A autoridade de Jesus está ligada a libertação de «um homem possuído por um espírito impuro». Trata-se da tarefa sempre urgente de discernir o bem e o mal! A autoridade precisa facilitar que o bem floresça, que a vitória da vida seja possível, através de uma maturidade que vai alcançando na convivência e na proximidade com as pessoas.

Toda a verdade da oração de Ana foi possível porque ali morava um coração puro. A libertação do homem possuído é um ícone de como a presença de Jesus transfigura toda a história de impureza. De fato, até o espírito impuro reconhece a autoridade de Jesus: «eu sei quem tu és: tu és o santo de Deus!». Jesus viveu em tudo aquilo que acreditava, isto é, sua fé e sua vida estavam intimamente ligadas. Este é o ponto que o bem adquire tanta força que mal nenhum resiste. É a maior verdade que podemos alcançar: viver aquilo que acreditamos e rezar aquilo que somos!

Pe. Maicon A. Malacarne

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *