Dom Antônio Valeriano, escritor indígena do século dezesseis, «Nicán Mopohua» foi quem registrou: «num sábado de mil e quinhentos e trinta e um, perto do mês de dezembro, um índio de nome Juan Diego, mal raiava a madrugada, ia do seu povoado a Tlatelolco, para participar do culto divino e escutar os mandamentos de Deus. Já amanhecia, quando chegou ao cerrito chamado Tepeyac e escutou que do alto o chamavam: – Juanito! Juan Dieguito!»
Trata-se do relato da aparição de Nossa Senhora de Guadalupe ao índio Juan Diego, no México. Como «prova» de que falava a verdade, a Senhora «imprimiu» no manto do menino a sua imagem! Até hoje, quase 500 anos depois, o manto carrega todos os detalhes originais!
Em 1936, o nobel de química, Dr. Richard Kuhn, foi chamado para avaliar o material usado na pintura e a conclusão impressiona: «as tintas não têm origem vegetal, mineral, animal e nem de algum dos elementos atômicos conhecidos». Mais de 20 oftalmologistas, com ajuda da Nasa, foram convidados para estudar os olhos da Virgem e as descobertas são tremendas: «os olhos são muito pequenos e as pupilas deles, naturalmente, são ainda menores e foram ampliados 2.500 vezes. Nessa superfície de apenas 8 milímetros de diâmetro aparecem 13 pessoas, crianças, mulheres, o bispo e o próprio índio, Juan Diego, no momento da entrega do manto ao bispo». Nos olhos de Maria, estavam refletidos todos os presentes no exato momento em que Juan entregou o sinal ao bispo. A conclusão é uma só: «não pode ter sido ‘pintado’ por mão humana».
A aparição de Nossa Senhora em Guadalupe, celebrada hoje, é a memória de uma mãe que chama o filho pelo nome: Juan, Juan Diego… A mãe que não esquece dos seus filhos! A mãe que se envolve com a vida de um povo! A mãe com rosto indígena e latino-americano! O relato de Dom Valeriano, conclui: «ficou sendo chamada como ela queria: Santa Maria sempre Virgem de Guadalupe».
Segura a nossa mão, Mãe amada!