Em Jesus Cristo acontece o grande encontro entre Deus e a humanidade! De fato, no episódio da cruz, no momento da morte de Jesus «o véu do Santuário se rasgou em duas partes, de cima a baixo» (Mt 27,51). Aquilo que era inacessível, fechado, reservado, está repartido. Essa fresta é por onde o divino e o humano se dão as mãos para sempre. Jesus é o portador, o rosto do Pai: «eu e o Pai somos um».
No evangelho desse 5º Domingo da Páscoa (Jo 14,1-12), retornamos ao cenário da despedida de Jesus logo depois da última ceia, do abandono de alguns que o seguiam, da tensão com o risco da continuidade da missão. É a hora em que Jesus diz: «na casa de meu Pai há muitas moradas». Jesus não está falando do céu, não está dizendo que seremos transportados para um «outro lugar» porque o lugar é a vida nova, a vida de ressuscitados. É pela Ressurreição que Jesus se torna «caminho, verdade e vida», a forma mais concreta da humanidade descobrir o seu destino, ao que ela é chamada a realizar!
Nós somos a casa do Pai! É forte demais acompanhar o autor da Carta de São Pedro, na segunda leitura (2,4-9), que escreveu a um reduzido e quase insignificante grupo de cristãos forçados a dispersão: «vocês são a raça escolhida, o sacerdócio do Reino, a nação santa, o povo que Deus conquistou», cada vida, cada pessoa, é o «o caminho, a verdade e a vida». Nada mais está separado!
A casa de cada cristão também é a comunidade! Este lugar, esta experiência é sempre uma grande catalizadora do amor! É verdade que, como a vida, toda comunidade carrega tensões, tem suas contradições. A felicidade, no entanto, é sempre uma experiência comunitária, de servir, de doar-se, de ser presença, de rezar, de celebrar, de derrubar o muro que separa o divino do humano.
Pe. Maicon A. Malacarne
É urgente evangelizar os evangelizados.Retomar a boa nova revelada por Jesus .O Reino está próximo,começa aqui e agora.