Pular para o conteúdo

Ajudar a salvar!

  • por

As redes sociais abriram uma janela de novas relações! É verdade que também se vê crescer toda espécie de preconceitos e de mentiras, o que exige de quem está nesse meio a constante atenção e desconfiança de ‘tudo’ e de ‘todos’. Nada cresceu tanto como a cultura do cancelamento! Trata-se de um tsunami de julgamentos, um linchamento virtual, sobre uma opinião, um acontecimento que está em desacordo com a maioria.

No contexto religioso, outro fenômeno tornou-se recorrente: determinadas pessoas que ganham (ou perdem!) a vida no empenho de massacrar sujeitos que, a partir de determinado modo de julgar, agiram em desconformidade com a doutrina ou a moral da Igreja. São como que donos de um comércio de carimbos, sempre prontos para deixar a marca: ‘excomungado!’.

O evangelho sempre atravessa a nossa história e, por isso, lança luzes para discernir bem as escolhas e os comportamentos – também nas redes sociais. Jesus, de fato, disse aos discípulos: «Se o teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão. Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um pecador público» (Mt 18,15-20). É sempre importante lembrar que «os pagãos e os pecadores públicos» não foram excomungados por Jesus, também eles, amou e entregou a vida. São muitos os exemplos nos evangelhos.

Quando, com segurança, estivermos diante de um grande erro (não de opiniões!), a escola do evangelho lembra: nunca massacrar, nunca condenar, nunca diminuir, nunca alimentar a vingança, mas sempre salvar! Deve-se envolver tudo e todos para salvar! O ponto de partida é a fraternidade, por isso, Jesus disse: «se o teu irmão…se o teu irmão»! O primeiro passo quem deve dar sou eu: «vai corrigi-lo… vai!». O lugar de quem acusa, excomunga, se acha dono da verdade é, por escolha, a distância e o silenciamento do evangelho, mesmo com o disfarce do farisaísmo na ponta dos dedos.

Pe. Maicon A. Malacarne

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *