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Integralmente!

Uma pessoa é mais do que uma soma de atos! Jesus ensina a olhar (e olhar-se) para além do ato, na tentativa de compreender inteiramente uma história com as suas alegrias, as suas esperanças e, também, as suas dores, as suas angústias, os seus sofrimentos e os seus traumas! O amor consegue alcançar além daquilo que está na frente dos olhos!

Os discípulos de Jesus estavam com fome e, no sábado, era proibido fazer qualquer esforço, mesmo de buscar algo para comer. O evangelho de hoje (Lc 6,1-5), conta que, tão logo os fariseus perceberam que os discípulos estavam pegando espigas para matar a fome, começaram a julgá-los por não respeitar a lei do sábado. A pequenez do farisaísmo é sempre de não conseguir ver nada para além das normas.

Deste cenário, Jesus disse: «o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado». Jesus ajuda a recordar que no centro deve estar a pessoa, suas «fomes», suas «carências», sua vida! As leis são balizadoras, organizadoras, mas nunca podem ser o princípio e o fim de tudo!

O evangelho ajuda a pensar a vivência da fé e da espiritualidade como o contínuo esforço de humanizar e divinizar a história a partir do amor! É sempre precioso, nesse sentido, aquilo que Luigi Verdi sugeriu um dia: «uma pessoa não muda apontando o dedo para ela e mostrando-lhe as dez falhas que ela tem, mas só pode mudar de verdade se você lhe mostrar a única coisa boa que ela carrega».

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