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Despertar a atenção!

O evangelho inicia com mais um movimento muito estimulante: «Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa…» (Lc 4,38-44). São dois espaços muito significativos – a sinagoga, lugar da celebração dos judeus e a casa, lugar do cotidiano da vida. Na casa, Jesus encontrou a sogra de Simão Pedro que estava «sofrendo de uma febre alta».

A presença de Jesus, sempre muito próxima, recorda de um detalhe fundamental do evangelho: a atenção de Jesus a cada pessoa e a cada acontecimento. Jesus estava integralmente diante daquela senhora doente e estava integralmente em cada lugar por onde passava. A atenção é uma das grandes conquistas da vida e, mais, da vida espiritual!

De fato, a meditação, o silêncio, a oração, a vida diária é uma busca por ativar a atenção. A atenção é a maturidade, o discernimento, a escolha de viver com mais serenidade diante das milhões de informações, mensagens, comunicações que somos bombardeados todos os dias. Estar atento significa renunciar aos excessos e escolher o esvaziamento – ser mais simples para ser mais presente! A presença e a atenção são experiências com as quais precisamos nos reconciliar e que nos ajudam a chegar no amor!

O grande monge do deserto, abba Poemen, que viveu no século IV, dizia que «as três maiores virtudes da alma são a atenção, a vigilância e o discernimento» e, mais adiante, sintetizou: «o princípio de todos os males é a desatenção».

O movimento de Jesus, da sinagoga para a casa, é um despertador da atenção. Se os ambientes comunitários se tornam anestesiantes, a casa e a proximidade da realidade pode ser um grande remédio para se reconciliar com uma vida mais atenta. De outra maneira, a comunidade é o lugar de crescer e amadurecer um estilo de vida e de relações saudáveis, uma sensibilidade de ser e de estar presente e atento no mundo!

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