O evangelho de hoje (Mt 19, 3-12) coloca Jesus sendo questionado pelos fariseus a respeito do divórcio. Um tema difícil e conflituoso! Mais do que propor uma reflexão entre o que é lícito ou ilícito, é fundamental meditar a qualidade do amor nas nossas relações e a experiência do matrimônio como um verdadeiro caminho na direção da plenitude do amor!
Aprender amar é uma trajetória difícil! O amor humano é cheio de limites e imperfeições e todos podemos errar, também dentro do matrimônio. O Papa Francisco seguidamente repete que «quando o amor fracassa, e fracassa muitas vezes, devemos sentir a dor desse fracasso». O fracasso é uma escola para crescer e crescer no amor!
Quando Jesus, no evangelho, retomou o plano criador de Deus, no livro do Gênesis, «uma só carne», colocava em evidência que o amor vem de Deus e a pessoa humana só consegue viver a unidade com Deus na medida que ama. Pelo matrimônio, o convite é proteger o amor contra todo o fechamento, contra «a dureza do coração». A dureza é reduzir o amor às gratificações pessoais.
Um dos maiores compromissos da vida é manter-se fiel a quem se prometeu amar! Trata-se de proteger o amor com a potência da fidelidade! Dentro do matrimônio (mas não só!), ser fiel significa estabelecer uma aliança, um pacto de amor: «aconteça o que acontecer, eu estarei sempre aqui»!
O evangelho, ao retomar o projeto do amor primeiro de Deus e convidar a fidelidade da relação esponsal, também coloca a mulher na mesma condição do homem, negando os privilégios de um sistema patriarcal. Crescer no amor significa romper com as categorias de superioridade e de inferioridade!
Nesta Semana da Família, pensemos como temos crescido no amor, bem como, como temos cuidado e preservado a qualidade da nossa fidelidade!
Pe. Maicon A. Malacarne