Pedro não era um homem sem coragem! De fato, o evangelho de hoje (Mt 14,22-36) narra a sua vontade de caminhar sobre as águas, como Jesus estava fazendo. A tempestade que agitava a barca e a noite escura criavam um ambiente de pavor. O contrário do pavor não é a coragem, o contrário do pavor é a capacidade de acreditar! Pedro era corajoso, mas tinha pouca fé! A coragem pode criar a ideia de que tudo depende das nossas forças, a fé ajuda a abrir o mapa da confiança, do abandonar-se as forças da vida, a graça de Deus!
Quando Pedro afundava, «Jesus estendeu a mão»! Há sempre uma mão que nos salva, mesmo nas piores tempestades da vida! Não é um fantasma, não é uma ilusão, há sempre uma mão bem perto, mas é preciso abrir os olhos, olhar para os outros lados!!
Pedro precisava entender que não se trata de ‘imitar’ Jesus, mas de ‘seguir’ Jesus! Cada pessoa, com a sua história, com as suas ‘águas turbulentas’, é convidada a confiar e a seguir! Deus não tira os problemas, não fere a liberdade das escolhas, mas é a vida que pulsa ao nosso lado e ajuda a encontrar e maturar outras direções.
Nas paredes de Varsóvia, há mais de 50 anos, apareciam escritas essas palavras que ajudam a meditar e aprofundar o significado de acreditar: «Acredito no sol, ainda que não brilhe! Acredito no amor, ainda que não o sinta! Acredito em Deus, ainda que não O veja!».
Muito boa suas reflexões, obrigada por partilhar.