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Escolhas!

Quando tudo tende a ser excessivo, a pergunta que permanece é: «de todas as possibilidades, quais eu escolho?» Nosso tempo vai deixando claro que a saúde mental, espiritual e física, está muito próxima das nossas prioridades. Escolher é um mapa fundamental! Não se pode passar uma vida na neutralidade. Com o advento da neurociência e da neuroplasticidade, de como o cérebro e o sistema nervoso se ajustam as novas configurações e as repetições que fazemos, as escolhas se tornam ainda mais fundamentais.

Assim também é com a fé! No breve evangelho de hoje (Mt 13,44-46), Jesus contou duas parábolas para comparar com o Reino de Deus, o projeto de amor que Ele anunciou e viveu. Primeiro, sobre homem que encontrou um tesouro escondido no campo e o manteve escondido até vender seus bens e comprar aquele campo. O segundo diz respeito à um comprador de pérolas preciosas que encontrou uma de grande valor e, da mesma forma, vendeu todos os seus bens para comprar aquela pérola.

As comparações guardam uma grande proposta: vender muitas coisas para comprar uma só! Descobrir o tesouro, a pérola preciosa, é o exercício de colocar a força maior em determinada direção! Quando se quer ter tudo, não se tem nada, porque o tudo é fugaz e escapa das mãos!

As duas parábolas guardam outro movimento fundamental: o homem que encontrou o tesouro no campo não buscava, encontrou sorrateiramente. Já o outro, segundo o texto «procurava pérolas preciosas». O Reino de Deus é graça e dom, ou seja, acontece fora das nossas forças, como mistério e presente de Deus, mas também é busca, movimento, intenção de fazê-lo. Nessa dinâmica de graça e de movimento, é possível dizer que os dois homens foram encontrados pelo tesouro e pela pérola e suas escolhas são uma resposta ao encontro primeiro!

Como tem sido as escolhas que costuram a nossa vida? Para onde elas nos levam? Como traduzir o centro do projeto de Jesus, o Reino do Pai, no cotidiano das relações com a família, com os amigos, com os vizinhos, com o cenário social e mesmo com nossa vida interior?

Pe. Maicon A. Malacarne

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