«Virgem Maria, jovem mãe querida, se tu não reaparecer, também Deus ficará triste», diz a poesia de David Maria Turoldo, que compõe uma das suas obras dedicada a Nossa Senhora. Não se trata de esperar aparições mágicas de Maria, mas de «fazer aparecer», a partir de palavras e de gestos de cada dia, a sua vida, o seu amor, o seu modo de seguir Jesus Cristo.
Em Lourdes, Nossa Senhora apareceu em uma pequena gruta no dia 11 de fevereiro de 1858 a jovem de nome Bernardete. Por 18 vezes, a Virgem e a jovem se encontraram numa troca de confiança e de fidelidade. Nesse mesmo lugar, sobre a gruta, foi construído um grande Santuário dedicado à Nossa Senhora de Lourdes.
Muitos doentes acorrem a Lourdes! Aliás, o aeroporto de Tarbes-Lourdes Pyrénées, o mais próximo do Santuário, se tornou referência mundial de acessibilidade, devido ao grande número de cadeirantes que desembarcam. A programação diária inclui procissões que reúnem uma multidão de pessoas, sempre conduzidos por voluntários que ajudam a conduzir as cadeiras de rodas.
No rosto dos sofredores a Mãe vai reaparecendo com as marcas da esperança, da confiança, da fidelidade, do amor, não obstante todas as dores e as dificuldades. A Mãe reaparece no gesto gratuito de voluntários, na caridade de quem oferece um copo de água, na oração silenciosa diante da gruta. A Mãe reaparece com rosto humano, com mãos trabalhadoras, com calos nos pés, com os olhos marejados!
Amada Mãe, olha por nós, reaparece em nós, reaparece no mundo marcado por tanto sofrimento! Refaz em nós a esperança!