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Somos mais do que atos isolados!

Uma pessoa não pode ser compreendida apenas por um ato! Nós não somos uma soma de atos! Jesus ensina a olhar (e olhar-se) para além do ato, na tentativa de compreender inteiramente uma história com suas dores, suas angústias, seus sofrimentos, seus traumas e as reações diante de acontecimentos! O verdadeiro amor consegue alcançar além daquilo que está na frente dos olhos!

Os discípulos de Jesus estavam com fome e no sábado lhes era proibido fazer qualquer esforço, mesmo de buscar algo para comer. O evangelho de hoje (Mc 2,23-28) conta que tão logo os fariseus perceberam o ato, começaram a julgá-los porque não observavam as normas estabelecidas. A pequenez do farisaísmo sempre é de não conseguir ver absolutamente nada para além das leis.

Desse cenário, Jesus disse: «o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado». Jesus ajuda a recordar que no centro deve estar a pessoa, suas «fomes», suas «carências», sua vida! As leis são balizadoras, organizadoras, mas nunca podem ser o princípio e o fim de tudo!

Mais uma vez Jesus ajuda a pensar uma vivência da fé e da espiritualidade que não é uma junção de tarefas e preceitos, mas o contínuo esforço de humanizar e divinizar a história a partir do amor! É sempre precioso, nesse sentido, aquilo que Luigi Verdi sugeriu um dia: «uma pessoa não muda apontando o dedo para ela e mostrando-lhe as dez falhas que ela tem, mas só pode mudar de verdade se você lhe mostrar a única coisa boa que ela carrega».

Pe. Maicon A. Malacarne

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