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«Como profissional de saúde em uma casa de repouso, todos os dias, encontro muitas pessoas idosas na cama ou na cadeira de rodas, paralisadas o dia inteiro. Estamos sempre correndo, com inúmeras emergências. Eu gostaria de ter uma relação mais profunda com eles, mas não há tempo. Não há tempo para escutá-los, não há tempo para estar um pouco mais com eles. A questão é grande em mim: até quando? Por que estamos esquecendo-os mais e mais?»

A partilha da Marta, uma enfermeira italiana, ajuda a mergulhar no evangelho de hoje, Lc 5, 17-26. Um grupo de pessoas carregaram até Jesus um paralítico que não levantava da cama. Como que havia muita gente ao redor de Jesus, eles subiram pelo telhado, tiraram a cobertura, e desceram a maca daquele homem para bem perto de Jesus. Jesus o perdoou e o curou. Naquele tempo, a doença estava atrelada aos pecados e o gesto de Jesus é uma cura integral, a libertação da pessoa inteira.

Sempre me chama atenção essa atitude de «carregar o paralítico»! Um sinal de amizade, de proximidade, de quem escolhe tirar tempo para carregar o outro. Não é pouca coisa! Quem de nós faria por alguém? Muitos vivem em «macas» bem perto de nós, prostrados na dor, no esquecimento, na solidão, na apatia, no desânimo, no cansaço.

Nesta estrada que nos leva para o Natal de Jesus, como a enfermeira Marta, uma boa forma de se preparar é dar-se conta, prestar atenção nos pequenos gestos, um verdadeiro discernimento que nasce do interior e que leva na direção de um coração maior e mais generoso!

Pe. Maicon A. Malacarne

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