Há mães e mães! Mães que falam bastante e mães que não dizem nada. Em Fátima, a Mãe falou! Em Lourdes, a Mãe falou! Em Salette, a Mãe falou! Em Guadalupe, a Mãe falou! Em Aparecida, a Mãe fez silêncio. Compartilhou o silêncio dos silenciados, a voz esquecida dos invisíveis, o grito sufocado de quem não era ouvido! O silêncio de Maria em Aparecida é a grande consolação de quem não esqueceu dos seus filhos!
É verdade que, muitas vezes, o silêncio é a nossa melhor companhia! É o silêncio que transforma o interior e o exterior. O silêncio de Aparecida é uma presença que diz: eu estou aqui! Eu estou aqui! Estou aqui despedaçada como vocês, machucada com vocês, mergulhada na lama, mas estou aqui! Isso muda tudo!
Se nas bodas de Caná, conforme o evangelho de hoje, o milagre estava no copo de vinho, do meio de uma festa em que o vinho tinha acabado, o grande milagre em Aparecida é o silêncio, é o não dizer nada traduzido em presença, em quietude, em coração de mãe.
Temos de aprender do silêncio da Mãe! E a verdade é que minutos de silêncio por dia salvariam muita coisa, evitariam tanta gritaria.
Amo mãe Aparecida obrigada por cada graças alcançada