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Não conheço nada que não seja um milagre

ou ande eu pelas ruas de Manhattan,

ou erga a vista sobre os telhados

na direção do céu,

ou pise com os pés descalços

a franja das águas pela praia,

ou converse durante o dia com uma pessoa a quem amo

[…]

ou olhe os desconhecidos na carruagem

de frente para mim

ou siga as abelhas atarefadas

junto à colmeia antes do meio-dia de verão

ou animais pastando no campo

ou passarinhos

ou a maravilha dos insetos no ar,

ou a maravilha de um pôr-do-sol

ou as estrelas cintilando tão quietas e brilhantes,

ou o estranho contorno delicado e leve

da lua nova na primavera,

essas e outras coisas,

uma e todas

para mim são milagres,

umas ligadas às outras

ainda que cada uma bem distinta

e em seu próprio lugar.

Cada momento de luz ou de treva

é para mim um milagre,

milagre cada polegada cúbica de espaço,

cada metro quadrado da superfície da terra

por milagre se estende

cada pé do interior está apinhado

de milagres!

Empresto a poesia do estadunidense Walt Whitman, muito querido do nosso brasileiro Paulo Leminski, para juntar-me ao grande canto de louvor neste dia de Ação de Graças! A gratidão é um exercício que não podemos perder e a forma mais significativa de agradecer é abrir os olhos para os milagres de todos os dias, de todos os minutos!

Deus seja louvado por tudo!

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